Quem somos
Histórico
Tudo começou com a necessidade de confrontar diferentes pontos de vista de alguns docentes, bem como a importância de discussões sobre a universidade no Brasil e, ainda, sobre o caráter do trabalho do professor enquanto produtor e transmissor de conhecimentos.
Estes fatores impulsionaram determinados grupos de profissionais – como ocorreu na maioria das universidades brasileiras – a criar entidades de defesa dos interesses da categoria, tendo em vista, sobretudo, “abrir um espaço democrático dentro do sistema autoritário” do país.
Estas preocupações marcaram o surgimento das primeiras Associações de Docentes Universitários do Brasil, que realizaram em São Paulo, o I Encontro Nacional em fevereiro de 1979, tendo como “bandeiras” de luta: “O ensino público e gratuito em todos os níveis; a democratização da Universidade; melhores salários e condições de trabalho; e contra o controle ideológico da Universidade”.
A criação da ADUFEPE
Neste mesmo ano – 1979 – em Pernambuco, um grupo de docentes, refletindo sobre a necessidade de revitalizar o movimento associativo dentro da comunidade universitária, convocou uma Assembléia Geral no dia 26 de março, com todos os professores e pesquisadores da UFPE, sem distinção de cargos ou funções, com a finalidade específica de construir a ADUFEPE, visando a defesa dos interesses profissionais da classe.
Assim, 176 professores aprovaram a criação da entidade e declararam a Assembléia Permanente até a elaboração de um anteprojeto de Estatuto, o qual foi aprovado no dia 10 de maio.
Em 26 de junho de 1979, foi eleita a primeira diretoria da ADUFEPE, contando na época com 396 sócios inscritos.
A equipe, eleita para a gestão 79/80, era composta pelos seguintes professores:
Maria José Baltar
Gadiel Perruci
Ivon Fittipaldi
Carlos Egberto de Albuquerque
José Audísio Costa
Silke Weber
Pedro Ferrer
No mesmo dia – 26 de junho de 1979 – se elegia também o primeiro Conselho de Representantes da Associação.
De acordo com a pesquisa feita pela professora Maria Cecília C. Lithg (Diretorias 81/82 e 87/88), em seu livro Convencer Vencer – A dimensão pedagógica do Movimento Docente na UFPE, a falta de hábito de discussões no início da ADUFEPE, apontava para contradições existentes naquele período, ressaltando a heterogeneidade da categoria, com interesses diferenciados, além dos problemas relativos à necessidade de expressão, “fruto de um silêncio imposto ao logo de muitos anos de regime militar”.
A luta por justiça vem de longe. Desde os seus primeiros anos, a ADUFEPE se colocou decisivamente ao lado dos professores atingidos por injustiças cometidas pelas autoridades universitárias, aumentando a resistência contra a repressão aos direitos dos docentes.